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O saneamento básico é um conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais essenciais para a saúde pública e a qualidade de vida da população, bem como para a proteção do meio ambiente. No Brasil, é um direito social garantido pela Constituição Federal e regulamentado por leis específicas, como a Lei nº 11.445/2007 e o Novo Marco Legal do Saneamento Básico (Lei nº 14.026/2020).

A infraestrutura de saneamento básico compreende quatro componentes principais:

Abastecimento de água potável: Inclui a captação, tratamento, armazenamento e distribuição de água para consumo humano, desde as fontes até as ligações domiciliares. O tratamento da água envolve processos como filtração e desinfecção para garantir a potabilidade.

Esgotamento sanitário: Abrange a coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados do esgoto doméstico e industrial. O tratamento do esgoto é crucial para remover poluentes e evitar a contaminação de corpos hídricos e do solo.

Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: Envolve a coleta, transporte, tratamento, reciclagem, e disposição final ambientalmente adequada do lixo doméstico, comercial, industrial e de serviços de saúde, além da varrição e limpeza de vias públicas.

Drenagem e manejo de águas pluviais urbanas: Compreende o conjunto de obras e serviços destinados a coletar, transportar, armazenar e destinar as águas da chuva, de forma a prevenir inundações, enchentes e outros eventos climáticos adversos, além de garantir a limpeza das vias públicas.

A falta de infraestrutura de saneamento básico adequada causa diversos impactos negativos na saúde da população, na qualidade de vida, no meio ambiente e na economia. A ausência de tratamento de água e esgoto, por exemplo, contribui para a disseminação de doenças infecciosas, como diarreia, leptospirose e cólera. A disposição inadequada de resíduos sólidos polui o solo e a água, além de gerar problemas de saúde e paisagísticos. As inundações urbanas causam prejuízos materiais e podem levar à perda de vidas.

No Brasil, apesar dos avanços nas últimas décadas, ainda existem grandes desafios para universalizar o acesso ao saneamento básico. Dados recentes indicam que milhões de brasileiros não têm acesso à água potável e à coleta e tratamento de esgoto, especialmente nas áreas rurais e nas regiões mais pobres do país. O Novo Marco Legal do Saneamento Básico estabeleceu metas ambiciosas para a universalização desses serviços até 2033, prevendo investimentos significativos no setor.

A expansão e a melhoria da infraestrutura de saneamento básico são fundamentais para promover a saúde pública, proteger o meio ambiente, reduzir as desigualdades sociais e impulsionar o desenvolvimento sustentável no Brasil.